quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tudo aquilo que me condena

Ronda no ar aquele fluído diferente.

Há quanto tempo não o via!

Pensei até que nunca mais voltasse,

Que nunca mais o sentiria.


Conformei-me com as amenidades

E imaginei-me até refeita dos pecados.

Acreditei que a ausência dessas sensações

Tivesse me livrado.


Mas os descaminhos me atraem,

Já me conformei com essa verdade.

O comum não transporta para o universo

Das paixões que povoam a eternidade.


Tem um cheiro, um gosto,

Um perigo... pura magia!

É mistério, medo e pecado,

Emoções que não se vive todo dia.


Que destino terei eu

Por essa propensão ao clandestino?

Mas que culpa tenho eu

Se é o que escreveu o meu destino?


Não são leves as punições

Que tais deslizes aplicam durante a vida.

Longos períodos de solidão, ostracismo

E muitas, muitas outras feridas.


Dói no ego de mulher,

Pesa no âmago cada impossibilidade.

Tudo polui o liquido do corpo,

Escorre da alma o veneno mortal dessa afinidade.


Mas é sedutor, irresistível!

Tão voraz, intenso, impetuoso.

Me faz até mais altiva.

Inconfundível , como tudo que é perigoso.


É que esse fluído de vida

Não se compara a nenhum outro.

Cada um tem seu ponto fraco, desalinho,

E cá estou eu confirmando o meu de novo .