quarta-feira, 23 de abril de 2008

Mesmo assim



Voa longe a vontade

Cuja voz já não tem mais alcance.

Com o presente vazio,

Apenas o doce passado em relance.


Soubesse antes que acabaria

Evitaria tanta coragem?

Acostumaria com o comum,

Passando longe da margem?


Não, pois se voltasse o tempo um pouco mais,

Mesmo que já imaginasse,

Fingiria novamente o “para sempre”,

Deixando que o sonho me enganasse.


E dessa nova vez,

Marca de rica oportunidade,

Amaria em doses extras.

Abusaria da intensidade.


E tudo pra não sentir assim

Os gritos fortes da vontade.

Esperança morrendo aos poucos,

Dominada pela saudade.

Um comentário: