terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ver-te


Olhar-te é o meu consolo
Preciso ver-te todos os dias!
Mesmo que não possa tocá-lo,
Apreciar-te me acaricia.

E agora, como será?
É mais do que uma parede
Isso que colocaram entre nossos olhares.
É a distância, é a sede.

Como convencer meus olhos
Dessa condição
Se desde o primeiro encontro
Eles te despertaram ao meu coração?

Vendo-te é que aprendi
A admirar-te nos detalhes,
A reconhecer-te nas minúcias
Desde os primeiros olhares.

E agora?
Que tristes serão meus dias!
Sem você, seus traços, seu sorriso,
Serei privada de minhas alegrias.

Olhar-te me fez descobrir
Que a vida nada mais é do que surpresa.
Você ressuscitou em mim o querer,
Derrubou todas as minhas certezas.

Longe de você volto à rotina seca e dura.
Morre toda a graça daqui em diante:
Não há fantasia nem sonho
Sem você ao meu alcance.