
Decidi viajar sem data prevista para voltar, sem planos previamente traçados, sem saber por onde irei passar.
Vou pegar meu barquinho de papel e deixá-lo navegar livremente. Que me leve para onde quiser, para onde a maré empurrar. Eu vou relaxar e curtir a viagem, observar cada passagem e sentir as estações.
Se meu barquinho de papel precisar de ajuda para seguir, usarei minhas canetas coloridas como remos e darei continuidade à minha viagem.
E navegando por águas calmas, experimentarei a brisa fresca desse mar límpido, onde cada letra representará uma espécie rara de peixe que enriquece o fundo de mares nunca navegados.
E assim irei, calmamente remando com canetas coloridas entre letras encantadas, com meu barquinho de papel. E não sei quando e como irei voltar, porque minha bagagem serão as lembranças das coisas que vivi, as armas serão tudo o que aprendi, e serei alimentada pelas novas descobertas que essa viagem sem rumo me trará.
Será nessas águas mansas que mergulharei para lavar o corpo e a alma, e de mais nada precisarei. Meus remos darão cor ao meu novo rumo, e quem sabe esse meu barco de papel resolva desembarcar eternamente em alguma Ilha que eu mesma criarei.
Lindo texto, adorei.
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