quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Longe daqui




Daí, desse longe
de onde você olha agora
há de existir
aquela tal aurora
que sonhavam seus olhos
românticos demais para um humano.

Nessas tantas e tantas milhas
que separam meus braços
dos seus abraços
há de ter o calor intuitivo,
o afago transcendental
que só você possuía, cativos.

Há de existir,
aí nesse novo mundo seu
um pouco do que almejava
esse louco amor meu
quando delirava homenagens
à sua alma sobrenatural.

Aí, onde eu não posso habitar,
por enquanto,
e sabe-se lá quando,
imagino pássaros, borboletas e pétalas
forrando o chão e o espaço,
saudando sua presença a cada passo.

Tão longe daqui -
onde o silêncio ainda impera -
tem que haver paz, beleza,
felicidade sem espera.
Seus sonhos em concreto
com a poesia que você fizera.


Mãezinha, eu não quero apenas homenageá-la. Eu quero eternizá-la.
Aliz

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