quarta-feira, 12 de maio de 2010

Abandono

Lágrimas de abandono
Rolaram constantes
Daquele rosto ainda novo
E que mal demonstrava sofrimento.

Gritos de abandono
Soaram como sinos de revolta
Daquela boca que sempre
Sorriu frouxo a todo lado.

Mas o mais preocupante
Foi quando se instalou,
Devagar e sôfrego,
O silêncio de abandono.

Aquele corpo, aquela alma
Nunca souberam praticar
O silêncio,
A resignação.

E agora se cala, assim?
Enquanto a lágrima molhava o rosto
E o grito emitia sinais
Havia a bendita motivação que nos mantém em pé.

Porque mesmo que em forma de lágrimas ou gritos de dor,
Impõem-se a vontade e lutar.
E esse reflexo de sobrevivência
Mantém acesa a chama da vida.

Mas agora isso... o silêncio.
Silêncio de abandono.
Tão desamparada sentiu-se
Que resolveu deixar-se a si mesma.


5 comentários:

  1. Nunca vi um blog tão bem apresentado, em todo sentido, cores, formato.
    Mesmo que a essência é o teu pensamento magestoso, elevado.
    Isso que transmitem tuas palavras, a paz dos anjos, a beleza do eterno.
    Sinto um prazer infinito de ler tuas postagens, meus parabéns

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Lindo,tocante.Parabéns pelo blog!Sucesso!

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  4. Parabens pelo seu trabalho...amei seus textos.

    Barbara Rocha

    www.wrongteen.blogspot.com

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  5. "Deixar-se a si mesma" é absolutamente cruel!!!
    Muito bom!!!

    Um abraço
    Hoje é dia de festa e você é convidado: http://marciagrega.blogspot.com/2011/10/hoje-e-dia-de-festa-aqui-no-blog.html

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