segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Não sofro.


Há quem diga que eu não sofro.
Há quem diga que eu não sinto.
Será o sorriso?
Talvez a distância,
Ou a conveniência.
Não sei.
Há quem pense que apenas pago por meus pecados.
Que nada é demais para mim.
E há quem torça, secretamente,
Para que eu sinta na pele,
O preço da minha liberdade.
Há quem ignore minhas lágrimas.
E quem apenas finja não as ver.
Mas também há quem as veja e as seque.
Há quem esteja enjoado de meus risos;
E quem goste verdadeiramente deles
A ponto de provocá-los.
Será a intensidade?
Sim, é tudo intenso.
Para o bem e para o mal.
Existe.
Dói. Corrói.
Mas também constrói.
E, admito, endurece.
Fortalece.

E há quem diga que eu não sinto nada...
Há, até, quem pense que eu não amo.
Ah se soubessem...
Se soubessem!
O tanto de tudo que vive em mim.

2 comentários:

  1. Belo texto! Como sempre escrevendo muito bem. E pra falar a verdade me identifiquei com vc novamente! Parabéns e continue escrevendo e traduzindo sentimentos.

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    1. Carole! Que alegria te ver por aqui. Fiquei muito feliz. Saudade dos nossos papos, lindona. Beijo

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