São eles, os sonhos, que me deixam assim.
São eles, soltos, que maltratam minha alma.
Eles não têm o mínimo escrúpulo para pedir.
Cobram friamente, com muita insistência e sem calma.
Não importa a condição em que vivo.
Os sonhos desconhecem o real e o imaginário.
Mal lhes interessa se é possível.
Quando inflamados, desafiam meu calendário.
Apenas querem e exigem.
E enquanto eu não consigo, se revoltam contra mim.
Deixam meu espírito em frangalhos.
Meus sonhos não têm fim.
E quando se realizam é a glória!
Coisa incrível, não há descrição.
Mas logo começa tudo outra vez, os sonhos não param.
Porque a vida de todo sonhador depende dessa continuação.
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