Hoje eu li em uma entrevista algo sobre amores platônicos, e me surpreendi. A pessoa dizia que amores platônicos acontecem com a gente para nos mover, nos fazer chegar em algum lugar. E para completar, ainda disse que esse tipo de amor não nos deixa sofrer pela falta da pessoa como sofreríamos por alguém que amássemos de uma forma mais real e palpável.
Verdade! O platônico é amar à distância, a quem nem conhecemos de verdade, e se conformar com isso. É amar o mistério, a falta de intimidade, o desconhecimento. O ser amado é mitificado, é colocado em uma posição de endeusamento, de perfeição que só pode existir quando não conhecemos alguém suficientemente para reconhecer nela o que carrega de mais mortal, o que a iguala às outras pessoas. Quando esse encanto é quebrado, o amor acaba, porque esse é um amor que não resiste a decepções, ele sobrevive de uma imagem que ele mesmo criou, e não de aspectos naturais e comuns.
É difícil entender um amor platônico ou o que nos leva a sentir algo assim por alguém, e as vezes chega a parecer até ridículo. Muitas pessoas criticam esse tipo de amor por simplesmente não entenderem como é possível amar tanto algo que não está ao nosso alcance, que é perfeito demais para ser real, obra da nossa imaginação. Mas essa definição que eu li na entrevista caiu como uma luva para entender o sentido desse amor que invade alguns corações.
Depois que a vida anda, já conscientes desses processos todos, vemos que amar platonicamente nos fez chegar a algum lugar, foi como uma ponte que nos ligou, de alguma forma ou outra, ao que somos e temos hoje. Talvez o platônico traga mais resistência aos sentimentos, mais aceitação, até resignação. Talvez nos faça crescer através do sofrimento que nós mesmos nos impomos ao amar o impossível. Serve sempre de canal, de fuga, de opção. Para qualquer decepção ou dor, voltamos correndo a ele, que nessas horas parece ser um porto seguro perto de tudo o que se vê aí fora. No entanto, também pode facilitar a nossa fuga do mundo real, o esforço que se faz para não enfrentar a vida e seus descaminhos, 0 que não é nada bom, mas também não deixa de resultar, mais tarde, em alguma lição valiosa.
Não importam os caminhos que pegamos, as escolhas que fazemos, tudo nos leva – com demora ou não – a aprender algo que precisávamos muito aprender. O amor platônico deve ser um desses caminhos tortos, mas que para muitos parece ser mais fácil, quando não temos muita certeza da direção a tomar. Amar um ideal de pessoa que só existe em contos e fantasias não deixa de ser uma forma de, mais tarde, amar incondicionalmente a realidade de alguém bem imperfeito, mas insubstituível pelo resto da vida.
Verdade! O platônico é amar à distância, a quem nem conhecemos de verdade, e se conformar com isso. É amar o mistério, a falta de intimidade, o desconhecimento. O ser amado é mitificado, é colocado em uma posição de endeusamento, de perfeição que só pode existir quando não conhecemos alguém suficientemente para reconhecer nela o que carrega de mais mortal, o que a iguala às outras pessoas. Quando esse encanto é quebrado, o amor acaba, porque esse é um amor que não resiste a decepções, ele sobrevive de uma imagem que ele mesmo criou, e não de aspectos naturais e comuns.
É difícil entender um amor platônico ou o que nos leva a sentir algo assim por alguém, e as vezes chega a parecer até ridículo. Muitas pessoas criticam esse tipo de amor por simplesmente não entenderem como é possível amar tanto algo que não está ao nosso alcance, que é perfeito demais para ser real, obra da nossa imaginação. Mas essa definição que eu li na entrevista caiu como uma luva para entender o sentido desse amor que invade alguns corações.
Depois que a vida anda, já conscientes desses processos todos, vemos que amar platonicamente nos fez chegar a algum lugar, foi como uma ponte que nos ligou, de alguma forma ou outra, ao que somos e temos hoje. Talvez o platônico traga mais resistência aos sentimentos, mais aceitação, até resignação. Talvez nos faça crescer através do sofrimento que nós mesmos nos impomos ao amar o impossível. Serve sempre de canal, de fuga, de opção. Para qualquer decepção ou dor, voltamos correndo a ele, que nessas horas parece ser um porto seguro perto de tudo o que se vê aí fora. No entanto, também pode facilitar a nossa fuga do mundo real, o esforço que se faz para não enfrentar a vida e seus descaminhos, 0 que não é nada bom, mas também não deixa de resultar, mais tarde, em alguma lição valiosa.
Não importam os caminhos que pegamos, as escolhas que fazemos, tudo nos leva – com demora ou não – a aprender algo que precisávamos muito aprender. O amor platônico deve ser um desses caminhos tortos, mas que para muitos parece ser mais fácil, quando não temos muita certeza da direção a tomar. Amar um ideal de pessoa que só existe em contos e fantasias não deixa de ser uma forma de, mais tarde, amar incondicionalmente a realidade de alguém bem imperfeito, mas insubstituível pelo resto da vida.
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