Tem dias na vida,
Que sem nenhuma explicação,
Os anjos presenteiam a gente
Com uma divina inspiração.
Foi num desses momentos de sorte
Que tive o tal insight
De juntar um povo incrível
Que se reunia num determinado site.
Apaixonei-me, foi incontrolável.
Só estava acompanhando o trabalho de um ídolo:
O jornalista Ricardo Kotscho,
Que sem querer reuniu esse povo lindo.
Papo vai, papo vem, sem moderação,
Algo nunca visto em qualquer outro blog.
Interação inédita e espontânea que era
Puro prazer, puro hobby.
Só que mais do que opinar –
E nunca foi preciso pensar igual –
Nós conversávamos on line
Numa troca sem igual.
Até mesmo o Kotscho,
Tão famoso e tão humilde,
Dividia-se em seus mil afazeres
E se juntava a todos nesse lead.
Era algo diferente.
Havia uma sintonia incrível. Inusitado!
Mesmo diante de tantas ideologias
O diferente era muito respeitado.
E a coisa era tão boa
Que começou a incomodar.
Do nada, surgiram cachorros loucos
Invadindo o Balaio só pra atacar.
O Kotscho, muito a contragosto,
Fez de tudo pra evitar,
Mas pra manter a qualidade do blog
Foi obrigado a moderar.
Não tem nada, não.
Deixa esse povo se esgoelar!
Os ataques não serviram de nada
A amizade só cresceu nesse lar.
Foi então que tive
O tal momento de iluminação!
Que tal criar um espaço
Pra juntar todo esse povo bão?
Hoje, o Balaio do Kotscho
Ganhou uma filial:
É o Boteco do Balaio,
Livre, louco, informal.
Tem piada, polêmica e sinceridade.
Não existe regra nem despeito.
Todo mundo se gosta e se entende, transparente,
Porque lá prevalece o respeito.
Mas o melhor de tudo ainda
Nem é o próprio ‘conversê’,
São os botequeiros - humanos maravilhosos -
Que eu tive a sorte de conhecer.
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